Construções predicativas de mudança de estado e propriedade 15 anos depois
do foco na estrutura à língua em uso
Resumo
O artigo consiste em uma análise retrospectiva do tratamento da construção predicativa de mudança de estado e de propriedade tal como desenvolvido por nós no início da década de 2000 – baseados na semântica lexical (RAPPAPORT HOVAV; LEVIN, 1998) em uma análise formalista – e de uma comparação com o estado da arte nos anos 2020. Com isso, revisamos nossas conclusões anteriores, agora à luz da Hipótese da Língua em Uso (BYBEE, 2010; DIESSEL, 2019), por meio da qual o conhecimento linguístico se organiza em redes associativas e emerge na cognição a partir do funcionamento dos mecanismos cognitivos de domínio geral, por um lado e, por outro, da Gramática de Construções Baseada no Uso (CROFT; CRUSE, 2004; GOLDBERG, 1995, 2006). O novo modelo fornece evidências empíricas e uma adequação explicativa de maior alcance.