Habitar outros mundos, educar para outros modos de existência: o trabalho da consciência para além dos contornos universais da alfabetização
Palavras-chave:
leitura, consciência crítica, alfabetização, leitura do mundo, história à margem.Resumo
Pensar os processos de literacidade na, da e contra a subalternidade supõe demolir a edificação metafísica ocidental sancionada pela sabedoria acadêmica convencional e suas formas de canibalismo metafísico, superando as banalidades da história cultural positivista. O objetivo deste trabalho é analisar a lógica instituída e sancionada pelo regime cultural de nosso tempo, bem como desobstruir o conector mundial denominado “colonialidade / modernidade” e seu impacto nos processos de alfabetização que ocorrem na intimidade das estruturas sociais e educacionais. A leitura pode ser concebida como um ato de interdefinibilidade, algo que se situa em entendimentos complicados dentro da cultura imaginária do Ocidente. A leitura como campo da consciência desempenha um papel crucial na produção da (inter)subjetividade. Isso sugere dar atenção às várias formas de essencialismos que a razão alfabética imputa, oferecendo uma descrição classicamente inadequada do conhecimento cultural.
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