“Los fusilamientos de la Moncloa”, poema de Manuel Machado:

uma tradução intersemiótica da representação da catástrofe na modernidade

Autores

  • Marcia Romero Marçal Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

Los fusilamientos de la Moncloa, Tradução intersemiótica, Manuel Machado, Testemunho, Modernismo

Resumo

Nesse artigo analisamos o soneto Los fusilamientos de la Moncloa, de Manuel Machado, pertencente a Apolo. Teatro Pictórico (1911), livro em que o escritor realiza uma tradução semiótica entre a pintura e a poesia e interpreta a modernidade. O soneto e o livro são, geralmente, objeto de reflexões da crítica que ressalta os procedimentos poéticos ligados à recriação verbal das pinturas, buscando analogias, dessemelhanças, aproximações e distanciamentos neste diálogo intercódigos, dentro das experimentações formais modernistas. Observamos também que o poema mobiliza elementos da literatura de testemunho ao revelar como o desastre invade o motivo da representação poética, provoca uma crise no receptor e convoca um alinhamento entre testemunhos, que se manifesta na passagem da expressão pictórica à poética. Assim, o poeta modernista sevilhano testemunha, mediante uma crise e identificação testemunhal, o histórico e o atemporal, o concreto e o simbólico, de que a pintura homônima de Goya está prenhe.

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Biografia do Autor

Marcia Romero Marçal, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora adjunta do Departamento de Letras do Instituto de Linguagens da UFMT, Curso de Licenciatura em Letras Português e Espanhol e respectivas literaturas. Está vinculada ao PPGEL (UFMT) e ao NDE dos Cursos de Letras da UFMT como membro representante da área de Espanhol.

Publicado

28-12-2022

Como Citar

Marçal, M. R. (2022). “Los fusilamientos de la Moncloa”, poema de Manuel Machado: : uma tradução intersemiótica da representação da catástrofe na modernidade. Revista Abehache, (22), 197–211. Recuperado de https://revistaabehache.com/ojs/index.php/abehache/article/view/448